sexta-feira, 21 de agosto de 2015

600 anos da conquista de Ceuta (e pormenores da História)

«O Infante D. Pedro capitaneava a principal armada - a dos grandes vasos de transporte de tropas e guerra; Antoine de La Salle, que ia numa das naus desta capitania, di-lo "nosso chefe de vanguarda". Para o desembarque, à hora da prima, serviram-se de barcos mais pequenos e de menor calado - galeotas, bergantins, etc. Desembarcaram na praia do monte de Almina. Quando D. João I recebe a informação de que está aberto o caminho, ordena a D. Pedro o desembarque; aqui o seu corpo de exército defronta o grosso das fôrças mouras, comandadas pelo chefe Zemit, que derrota, perseguindo-o até às portas da cidade, combatendo até à hora da véspera, e por último toma o castelo. O Rei dirigira pessoalmente o assalto final.»
Vitorino Magalhães Godinho, A Expansão Quatrocentista Portuguesa

Diz-se que passam hoje 600 anos sobre a conquista de Ceuta aos mouros.
A data (mais rigorosamente) certa será 3 de Setembro, de acordo com o calendário Gregoriano (em vigor desde 1582), que substituiu o calendário Juliano usado em 1415. Pelos acertos...

Dos infantes...
O Infante D. Henrique lá ia, comandando o conjunto de fustas, barchas e outras embarcações que não as naus (a armada principal, a cargo de seu irmão, o infante D. Pedro). Mas em várias representações é a figura do Infante D. Henrique, levada em ombros por oficiais historiografias (como a do Estado Novo) que se destaca. O príncipe das sete partidas parece "esquecido".
E que dizer de D. Duarte, que deveria ter ficado a governar o reino, mas que lá foi também?
Não quis perder a oportunidade de "ficar na História"!

Azulejos da autoria de Jorge Colaço destacando Henrique, o Navegador, 
na conquista de Ceuta
Centro Cultural Rodrigues de Faria, Forjães, Esposende


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