quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Nadir Afonso
Há uma semana era o seu aniversário.
Nadir Afonso, o mestre da abstracção matemática em Portugal, morreu em Cascais.
Diz o discurso oficial que "bla,bla, bla... figura de proa das artes portuguesas (...) estabeleceu uma linguagem pioneira na pintura portuguesa do seu tempo (...) representou Portugal e as artes portuguesas ao mais alto nível em todo o mundo (...) bla, bla, bla" (Jorge Barreto Xavier, Sec. Estado da Cultura)
Em Setembro do ano passado, o Governo retirou o estatuto de utilidade pública à Fundação Nadir Afonso, atrapalhando a construção do edifício da sede da Fundação, na cidade de Chaves, que deveria ter sido inaugurado em Julho. Nadir Afonso já não assistirá à sua inauguração.
Na altura, o autor do projecto, Siza Vieira, comentou a "espantosa velocidade com que se tomam posições a meio das obras, deixando de lado os compromissos assumidos."
«A noção que isto dá é a de um barco à deriva, e a afundar-se. E deixamos o país em ruínas.» (Siza Vieira)
Mas os discursos laudatórios oficiais fazem-se.
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