domingo, 10 de novembro de 2013

A política que afecta a comunhão de afectos

Excerto da entrevista de Adriano Moreira ao Diário de Notícias e à TSF (publicada hoje):

«Pergunta - Sr. Professor, eu estou aqui a ouvi-lo e estava a pensar: “Mas que grande homem de esquerda!”. Uma das consequências desta crise é que parece que está também, por um lado, a aproximar as pessoas, ou seja, pessoas que vêm da direita, pessoas que vêm da esquerda, fazem mais ou menos a sua análise.
Adriano Moreira - É muito simples. É porque aquilo que está a acontecer neste momento com esta espécie de intervenção... é que aquilo que dá a identidade a uma nação é a comunidade de afectos. Não é a separação entre as pessoas. E a doutrinação e a intervenção está a provocar a divisão entre novos e velhos, entre funcionários públicos e actividades privadas…
P - Fomentado a partir do Governo, ou não?
AM - Mas é fomentado a partir do Governo!
P – E a sociedade está a responder com essa comunhão de afectos de que fala?
AM - Está a ser afectada! Aquilo que pode ser afectado é a comunhão de afectos. (…) E o que está em causa, efectivamente, na comunhão dos afectos, a principal questão está no estado social. E o estado social é a convergência da doutrina social da Igreja com o socialismo democrático. Isso é que é o estado social.
P – E tem de ser defendido na sua óptica?
AM - Tem de ser defendido. O estado social é absolutamente fundamental.»


O "estado a que isto chegou" consegue juntar nesta coluna, respeitosamente, Álvaro Cunhal e Adriano Moreira.


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