quinta-feira, 20 de junho de 2013

De educação todos falam

Comboio da Linha, de regresso a casa depois de um dia de trabalho na escola.
No banco de trás sentou-se um casal bem posto, para lá da meia idade. O cavalheiro, elegante, depois de sentado, "disparou" sobre os professores, sobre os sindicatos, o incendiário (sic) do Mário Nogueira, chamou nomes aos professores - "filhos da puta" foi um deles - "coitadinhos, não podem trabalhar 40 horas!", "nem trabalham 20", "chulos", etc.
Estive para responder, ou para lhe perguntar se já alguma vez tinha trabalhado numa escola, ou se tinha filhos e se tinha acompanhado o percurso escolar dos filhos, se conhecia o trabalho que fazemos...
Mas considerei que não valia a pena. devia ter sido picado por alguma mosca! Muita gente anda picada, por boas ou más razões.
No seminário Estado da Educação, António Nóvoa dizia que toda a gente fala e tem uma opinião sobre o que deve ser a educação. Acrescento eu: incluindo o trabalho dos professores e mesmo que não saiba nada sobre aquilo de que fala.
Quanto à minha viagem de regresso, preferi levantar-me e mudar de carruagem - o homem falava alto mal demais, não valia mesmo a pena fazer conversa.


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