domingo, 21 de abril de 2013

Foram dias de Música

O fim-de-semana foi musical.
O resto... tem tempo. Não podia ser de outra maneira - houve Dias da Música. Até para compensar 2012, em que, pela primeira vez, não fui ao CCB.

Alimentei-me de concertos, tipo camelo que se prepara para a travessia do deserto - e o tempo está de camelos magros!


Em grande parte fiz revisão de matéria:
Beethoven sinfónico (e eróico ou heróico), madrigais de amor de Monteverdi (por La Venexiana), concertos para violino de Mendelssohn, para violoncelo de Schumann e para piano o n.º 4 de Beethoven e o n.º 2 de Rachmaninov - obrigatório este, para (re)vermos a vida de outra maneira (um obrigado muito egoísta, mas certamente partilhado por largos milhares de pessoas, ao psicoterapeuta que, no tratamento da depressão de que o compositor e pianista sofria, lhe sugeriu a escrita de um concerto para piano). Obrigado, também, ao Artur Pizarro, pelo desempenho ao piano. E viva o romantismo de um e de outro (e o nosso, já agora).

Ao piano, igualmente, gostei de Huseyin Sermet, quer no concerto de Beethoven (entusiasmadíssimo com um arrebatado Pedro Carneiro na direcção da orquestra) quer em composições de Chopin, Mendelssohn e Liszt (não sei como é que o "homem" não se despenteou ao tocar a última sonata - devia ter acabado todo desgrenhado, mas não... manteve o ar aprumado).

Surpresa maior: o quarteto de cordas n.º 1 de Smetana. Já não me lembrava que o compositor checo também ensurdecera. O que é certo é que o quarteto, escrito já na fase de surdez do compositor (abençoado segundo sentido auditivo!), e que retrata a sua vida em 4 andamentos, foi um agradável reencontro com a música deste checo até à medula e com o Quarteto Prazak, que conheci numa das primeiras Festas da Música.
Outro quarteto, de outro checo, Janacek, foi a outra novidade, mas o lirismo de Smetana é mais doce para os nossos meus ouvidos.

E prontos!...
Houve o que ficou para ver e ouvir ouver, mas não se pode ir a todas: há o que se ganha... e o que não se pode ganhar.



1 comentário:

  1. Este ano estive numa de cartas da freira de Beja. Primeiro, com o meu professor Nuno Vieira de Almeida, a actriz Suzana Borges e música de João Madureira, depois, com música de Nuno Côrte-Real e os poemas retirados de "Livro de Sôror Saudade".
    Mas houve também a noite transfigurada, o prelúdio de um fauno, a despedida, da canção da terra, etc, etc. Brahms, Beethoven, Debussy, Mahler e mais Mahler e tantos outros. (Por incrível que pareça, falhei o Schumann!!!! )
    O concerto para piano de Rachmaninov, com o Artur Pizarro foi qualquer coisa de... nem sei bem... que maravilha!

    Beijinhos e muita música.

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