quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Em cada um de nós vive um Ministro das Finanças

Sei, por experiência própria, que em cada professor vive um Ministro da Educação, que em cada funcionário de um museu vive um potencial director.
Sei, também (basta andar de transportes públicos ou estar numa fila com mais de duas pessoas num serviço público), que em cada cidadão vive um Ministro das Finanças, o que equivale a dizer um Chefe de Governo.
O caso do economista que, pelos vistos, não o é, confirma a última destas teses. Também serve para confirmar a baixa (ou será alta?) cotação actual dos economistas: qualquer um é entrevistado, chamado a comentar a situação que vivemos e a prever a que viveremos.
O difícil é os economistas "meterem a mão na massa" e acertarem (o que quer que isso seja). Quando governam, os economistas "ladram" e a caravana passa.

Mas... convenhamos: quando alguém se afirma professor catedrático, consultor das Nações Unidas (encarregue de montar um observatório dos países da Europa do Sul em processo de ajustamento) e professor na Milton Wisconsin University, dá entrevistas ao Expresso, SIC-Notícias e TSF, com repercussões na imprensa internacional, e faz uma conferência no Grémio Literário (apresentado pela Presidente do American Club)... é obra! Há ali trabalho, conhecimento. Quanto mais não seja, o conhecimento necessário para ter passado por aquilo que parece que não é. Mas pareceu! Vi a sua participação no Expresso da Meia-Noite e o seu discurso (e a pose) pareceu-me convincente e, até, com dados interessantes, nomeadamente o das condições muito favoráveis das ajudas da Comissão Europeia e do Governo Alemão ao Hypo Real Estate (o BPN alemão, portanto, em BOM!), nacionalizado em 2009. É verdade?

Vendo bem, pelo que fez, se não é professor catedrático... merecia ter equivalência. O Relvas que o diga.

P.S. - O Bartoon de hoje:

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