sábado, 14 de janeiro de 2012

Não sei se foi pesadelo...

A noite passada tive um sonho incrível:
Tinha havido eleições antecipadas. O Governo de Passos Coelho só tinha durado 2 ou 3 anos.
Até aí... tudo bem. Seria melhor nem durar tanto!...

O incrível é que o vencedor tinha sido José Sócrates!!! Eu vi-o claramente no sonho!!
Aí... não sei o que diga!


É o que faz ter lido, antes de me deitar, notícias sobre sondagens (com subidas do PSD e do PS) e a história das eleições na aldeia em A Morgadinha dos Canaviais.
O Júlio Dinis está a espantar-me nesta releitura da Morgadinha.

«Leitor, se tens, como eu, esperança e sincera fé no sistema representativo, perdoa-me o obrigar-te a assistir a uma cena que faz subir a cor ao rosto de quem, como nós, abençoa os sacrifícios por cujo preço nossos pais nos compraram a nobre regalia de intervir, como povo, na governação do Estado (...). A cena (...) não envolve a mínima censura à excelência do sistema; mas apenas aos que nos quarenta anos que ele quase tem de vida entre nós, não souberam ou não quiseram ainda fazer compreender ao povo toda a grandeza da augusta missão que lhe cabe executar.
Depois das nossas lutas civis, já muitas crianças se fizeram homens; se a escola fosse entre nós o que devia ser, já haveria sobra de eleitores com perfeita consciência dos seus direitos civis.
O atraso e ignorância deles, contristando, somente devem impelir os homens de intenções sinceras e puras a aplicar os esforços de inteligência e de acção para ministrar com a educação a moralidade, e para acordar a consciência desta entidade social.
Era o Sr. Joãozinho das Perdizes à frente da sua freguesia, disse eu.
E é justamente este o espectáculo humilhante de que falava.
Tendes visto um guardador de cabras à frente do seu rebanho, conduzindo com acenos e assobios todas as barbudas cabeças daquele regimento quadrúpede? Pois vistes o mais perfeito símile da cena que se presenciava agora no adro da igreja matriz.
O povo, o povo soberano, que naquele dia tinha nas mãos o ceptro da sua soberania, não era menos dócil do que os irracionais que recordámos.»

E depois, já no século XXI, temos os resultados eleitorais que temos e os sonhos...

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