segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Referências musicais - tristezas (2)

Acompanhando José Afonso, 1958, em Luanda (2.º à direita)
Lembrar, antes de mais, o Homem, José Niza, o cidadão combatente pelos direitos da cidadania, oficial de muitos ofícios.
“Não tenho livro de reclamações a não ser para lutar pelos direitos dos mais pobres, dos humildes e para que haja mais justiça e solidariedade em Portugal.”
Estudou medicina, especializando-se na área da psiquiatria. Foi deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República em vários mandatos, director de programas e administrador da RTP, Presidente da assembleia geral da Sociedade Portuguesa de Autores.

Na área da música, foi director de produção da editora discográfica Arnaldo Trindade (trabalho que repartia com o desenvolvido no Hospital Miguel Bombarda), compositor e músico, estando ligado a trabalhos importantes da música portuguesa.
Será mais conhecido pela composição de E depois do adeus, uma das canções-senha do 25 de Abril de 1974, o “dia em que o tempo parou para que a felicidade durasse mais tempo”. Ganhou 4 Festivais RTP da Canção, na altura em que este concurso tinha impacte na cena musical portuguesa.
Mas fez mais. Acompanhou muito cedo Luís Goes, Adriano Correia de Oliveira e José Afonso, com quem voltaria a colaborar nalguns discos após o 25 de Abril; foi o compositor de Gente de aqui e de agora, disco maior de Adriano, de 1971. Sobre este disco escreveu "Quase toda a música deste disco aconteceu no norte de Angola, em 1970, durante as incomensuráveis noites em que, médico na guerra, buscava a evasão de não estar ali."

“(...) deixem-me proclamar que estou agradecido à vida.”


A música de Canção tão simples é de José Niza, não de António Portugal, como indica o autor do vídeo no Youtube. A letra é de Manuel Alegre.

Texto corrigido e fotografias acrescentadas em 11 de Outubro.


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