domingo, 7 de agosto de 2011

A Sinfonia Incompleta segundo um "pato bravo"

A propósito dos modernos gestores, assessores, consultores e outras dores d'alma, uma história que me enviaram há uns tempos - um Relatório de um consultor depois de ter assistido à Sinfonia Incompleta de Schubert

«Durante períodos relativamente longos, os oboés não tocam. O seu número devia, portanto, ser reduzido e o respectivo trabalho distribuído por toda a orquestra, de forma a evitar picos de ineficiência. Como não se trata de uma componente estratégica da orquestra, poderia ser passada a "outsourcing". Os 12 violinos tocam exactamente sempre o mesmo. Isto é uma duplicação desnecessária, pelo que o "staff" deveria ser drasticamente reduzido. Se é só por uma questão de obter maior volume de som, isso poderia conseguir-se com um amplificador. A nossa consultora tem muita experiência em sistemas de informação aplicáveis neste campo.
Por outro lado, não se vê qualquer utilidade prática em repetir nos instrumentos de sopro, as passagens acabadas de tocar pelos violinos. Se estas redundâncias forem eliminadas consegue-se reduzir em cerca de 47% o tempo do concerto, com todas as poupanças inerentes que daí advêm.
Esta Sinfonia tem 2 andamentos. Se o dito Schubert não conseguiu os seus objectivos até ao fim do 1º andamento deveria ter ficado por aí. O 2º andamento é um desperdício, portanto, deveria ser eliminado.
Perante estes factos, poderá concluir-se que se Schubert tivesse tido o nosso apoio a sua Sinfonia hoje estaria completa.»


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