sábado, 4 de junho de 2011

O mal é geral

«- Há três batalhões de infantaria espanhóis a pouco mais de uma légua daqui, posicionados diante do Oitavo Ligeiro. A nossa infantaria está com dificuldades em manter a sua linha, pelo que nos encarregaram da missão de carregar sobre o inimigo e dispersar as formações. Dois esquadrões do Regimento ficam de reserva, cabendo-nos a nós e ao Segundo a honra de entrar em combate... Alguma pergunta? Bom. Então só me resta desejar-lhes boa sorte a todos. Ocupemos os nossos postos.
Frederic pestanejou, perplexo. Era tudo? Nenhuma frase escolhida, nenhum gesto de alento que infundisse entusiasmo entre os homens que iam lutar pela França. Não que o jovem esperasse um discurso patriótico, mas sempre pensara que, antes do combate, um chefe devia discursar às suas tropas com a eloquência necessária para insuflar nos espíritos fracos o fogo sagrado do dever. Sentia-se decepcionado.»
Arturo Pérez-Reverte, O hussardo

É esta a decepção que sentimos - a falta da voz que possa insuflar o fogo sagrado do dever. Um sentido à acção. A alma.
No particular da escola e no geral do país, certo?
E olha que na Europa...
Cumprem-se dolorosos e burocráticos deveres.
É sobre isto que temos falado, não é, Fátima?


P.S. - O que eu tenho aprendido com as leituras da Guerra do Pérez-Reverte!

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