quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

As águas do tempo

Nuno de Almeida, combatente liberal na pele de personagem, sintetizou os sentimentos que prevaleciam no rescaldo das paixões incendiárias:

«- A vitória na guerra da liberdade é a vitória da saudade. Conquistámos o regresso à terra mãe. E estamos a arrumar no sotão da memória as armas juntamente com as razões. Não tarda que os das novas gerações nos desprezem e tenham zanga, por de pouco lhes servir a nossa experiência de fazedores da história que já não será sua. Está bem assim... Nunca haverá dique capaz de deter as águas do tempo.»

Álvaro Guerra, Guerra Civil (1993)

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