quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Felicidade

Era motivo de artigo, no Público do dia 24 de Dezembro, a realização de um colóquio sobre Religião e (In)felicidade.

Hoje, no mesmo jornal, um cronista interrogava-se:
«A verdade é que alcançamos progresso tecnológico, científico e material, aumentámos produtividade e consumo, mas isso não nos levou a ganhos claros de bem-estar subjectivo. Talvez seja hora de voltar a pensar até que ponto as nossas opções nos têm conduzido à criação de condições para uma existência mais digna e plena. Regressar à pergunta de sempre: o que significa ser feliz?»

E o que é preciso para sermos felizes?
No tal congresso, um físico que trabalha no Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem da Universidade de Coimbra, Nicolás Lori, afirmou que todos buscamos a felicidade. Sabemos, através da neurociência, que «temos naturalmente tendência para sermos felizes. Quanto mais neurónios estiverem satisfeitos com a relação entre os dados recebidos e os dados esperados, mais eles estarão satisfeitos em termos fisiológicos e dos nutrientes que recebem. Essa satisfação, essa tranquilidade com as coisas que acontecem, induz à felicidade.»
Esta facilidade em ver as coisas deixou-me feliz. Afinal é simples.

Mas, depois, o organizador do colóquio, o padre e filósofo Anselmo Borges, recordou que «para se ser feliz é necessária uma multidão de coisas e condições». E citou: «saúde, fruição da paz e dos direitos humanos, algum prazer, uma vida familiar agradável, amor, realização profissional mínima, reconhecimento social, algum dinheiro, amigos, um projecto de vida viável, um governo competente e decente.»

Pronto!!! Aquilo que parecia tão fácil é, afinal, impossível.
Logo é necessário um governo competente e decente!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário