domingo, 29 de outubro de 2023

Petição - PROTEÇÃO DOS CIVIS EM ISRAEL E TERRITÓRIOS PALESTINIANOS OCUPADOS

https://www.amnistia.pt/peticao/protecao-dos-civis-em-israel-e-territorios-palestinianos-ocupados/

Na madrugada do dia 7 de outubro de 2023, o Hamas encabeçou a operação “Tempestade al-Aqsa”, um ataque aéreo e terreste sobre Israel, inúmeras comunidades “kibutz” e o Festival Nova Music. As autoridades israelitas retaliaram no dia seguinte, 8 de outubro, com um bombardeamento da Faixa de Gaza numa operação denominada “Espadas de Ferro”.

Desde então um violento conflito de décadas tem escalado a cada dia. Apenas desde outubro o conflito foi responsável pela morte e ferimento de milhares de civis, tendo ainda deslocado mais de 1 milhão de pessoas e famílias, em Israel e Territórios Palestinianos Ocupados. Foram sequestrados centenas de reféns e, a cada dia, intensificam-se as violações aos direitos humanos sobretudo, dos grupos mais vulneráveis, como mulheres e crianças, doentes hospitalizados, pessoas idosas ou portadoras de deficiência.

O escalar de violência, táticas de intimidação e violações do Direito Internacional Humanitário não têm precedentes, os civis continuarão a ser as principais vítimas até as injustiças e violações que estão na origem deste conflito serem sanadas e os seus autores responsabilizados.

É urgente o total respeito pelos direitos humanos e pelo Direito Internacional Humanitário. Só existe um lado neste conflito, o lado dos civis. Escolha connosco proteger todas as pessoas.

Assine a petição! Seremos milhões em todo o mundo a exigir proteção aos civis.

A Amnistia Internacional apela à comunidade internacional, lideranças políticas nacionais e internacionais para que:

  • Se respeite o Direito Internacional Humanitário e se tomem as precauções necessárias para minimizar os danos causados a civis e às infraestruturas civis e essenciais. Cessando as partes no conflito ataques ilegais e indiscriminados e de impor punições coletivas aos civis.
  • Se protejam os civis , acima de tudo, assegurando os Direitos Humanos de palestinianos e israelitas, garantindo também a justiça e reparação de todas as vítimas.
  • Se abram corredores humanitários: o governo de Israel deve permitir a criação de corredores humanitários para fazer chegar ajuda a Gaza, permitindo a entrada de ajuda humanitária.
  • Se libertem e protejam os reféns, os civis raptados devem ser imediatamente libertados e deve ser posto termo à prática da captura de reféns.
















Assine pela proteção dos civis em Israel e Territórios Palestinianos Ocupados!

TEXTO DA CARTA A ENVIAR

Exmo. Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. João Gomes Cravinho

Venho pela presente missiva pedir uma posição clara da União Europeia (UE), que vise como prioridade a proteção dos civis no conflito em Israel e Territórios Palestinianos Ocupados.

Desde o início desta catástrofe humanitária, tenho assistido a um grave escalar das violações do Direito Internacional Humanitário (DIH), cometidas pelas partes envolvidas, nomeadamente crimes de guerra e outros atos que se podem constituir como crimes contra a humanidade.

Desde o dia 7 de outubro, em Israel e na Faixa de Gaza, já morreram e foram feridas milhares de pessoas. A cada dia que passa o número de pessoas mortas e feridas aumenta. Todos tivemos conhecimento dos ataques indiscriminados a civis de ambos os lados do conflito. Os civis continuam a ser as principais vítimas.

É urgente que os decisores políticos da União Europeia (UE), em todas as suas deliberações e ações, assumam uma posição de humanidade, na proteção das milhões de vidas de palestinianos e israelitas.

Apelo, para que a União Europeia e os seus Estados-Membro:

  • Exijam o respeito incondicional do Direito Internacional Humanitário para que os civis inocentes de ambos os lados sejam protegidos acima de tudo.
  • Exijam a abertura continuada de corredores humanitários que possam levar a ajuda humanitária essencial a todos os civis e deslocados internos.
  • Exijam a libertação e proteção dos reféns: os civis raptados devem ser imediatamente libertados e deve ser posto termo à prática da captura de reféns.
  • Apoiem inequivocamente e incondicionalmente o trabalho do Tribunal Penal Internacional (TPI) e lhe confiram os meios e recursos para que possa cumprir o seu mandato de investigação de crimes de guerra de todos os lados do conflito desde há anos.
  • Se abstenham do fornecimento de armas a qualquer das partes no conflito, uma vez que estão a ser cometidas violações graves que constituem crimes ao abrigo do direito internacional.


















Convictos de que o meu apelo merecerá a melhor atenção por parte de V. Exa., subscrevo-me com os melhores cumprimentos,

https://www.amnistia.pt/peticao/protecao-dos-civis-em-israel-e-territorios-palestinianos-ocupados/

domingo, 22 de outubro de 2023

Há quem não veja uma actualidade antiga

Há quem não queira ver.

Porque há "Operações especiais" e "Operações especiais"...


O cartoon é de Emanuele Del Rosso, publicado no CartoonMovement.

O que se segue é da autoria de Dave Brown e foi publicado no jornal Independent (Reino Unido).

Não são destas últimas semanas: ambos são de 5 de Julho deste ano, mas já eram actuais. 

Ambos se referem a ataques efectuados em Jenin e num campo de refugiados palestianos por forças especiais israelitas.

A actualidade já é antiga...


sábado, 21 de outubro de 2023

Barabandeiralhismo

Admiro o espírito de abertura ou a abertura de espírito de quem, na sua foto no facebook, junta as bandeirinhas da Ucrânia e de Israel.

Conseguem apoiar ocupados e ocupantes!

Também pode ser estrabismo!...


O título foi inspirado em Vergílio Ferreira (Para Sempre)

"E o baralhismo que baralhava muitas palavras e as atirava ao ar e caíam em forma de poema – e o saquismo. Que era metê-las num saco para as tirar ao acaso da inspiração (...)"

Todos vimos, todos sabemos

«A Europa está refém da culpa do Holocausto desde a II Guerra Mundial. Mas honrar a memória do Holocausto será travar a mortandade em Gaza agora. E honrá-la enfim, porque essa memória foi traída até chegarmos a isto: 2,3 milhões de pessoas trancadas num gueto, bombardeadas dia e noite, metade das quais deslocadas, sem água, comida, assistência.

E foi traída também no gueto-arquipélago da Cisjordânia, onde quase três milhões de palestinianos enfrentam a violência de colonos cada vez mais radicais. Os hoje 700 mil colonos que Israel foi plantando com betão e alcatrão, bem agarrados ao chão, tanto na Cisjordânia como em Jerusalém Oriental, todos ilegais à luz do que a Europa assinou.»

Do texto de opinião de Alexandra Lucas Coelho no jornal Público, 18 de Outubro

Cartoon do Washington Post


domingo, 15 de outubro de 2023

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Renaissance - Ashes are burning

 Editado há 50 anos...


Travel the days of freedom
Roads leading everywhere


A atracção dos portugueses pelas fardas...


E quando a comunicação social não tem mais nada que fazer...


domingo, 8 de outubro de 2023

Os portugueses cresceram 3 cm

O Prémio Nobel da Literatura para José Saramago foi há 25 anos.

 

«O Prémio Nobel não tem nenhuma espécie de caderno de responsabilidades. Trata-se apenas de ir lá, receber a medalha, o diploma, o dinheiro, e se quiser fica-se por aí. A academia sueca não nos pede explicações sobre como estamos a viver esse prémio. Mas pensei que as minhas obrigações iam muito para além do literário. O prémio era para um escritor, para a literatura, para um certo modo de fazê-la, pensá-la, criá-la. Mas também era um prémio para Portugal. Quando disse então que "os portugueses tinham crescido três centímetros" - todos nós nos sentimos mais altos, mais fortes, mais formosos até. Só havia uma coisa a fazer: era viver e fazer viver o mais intensamente possível as consequências do prémio. (...) Não quer dizer que tenha andado por aí como embaixador da cultura portuguesa, há pessoas muito mais responsáveis e com mais razões que podiam assumir-se como tal. Mas fiz tudo aquilo que podia. Cansei-me, pois cansei-me. Viagens longuíssimas, cerimónias, recepções, muitos apertos de mão, muitos sorrisos, e eu sou todo ao contrário, mas compreendia que havia de engolir até ao fim. (...) Felizmente para mim, nada disso me subiu à cabeça.»

José Saramago em entrevista à revista Visão, em 2008.



Selecção de Portugal no Mundial de Rugby 2023

 

Acho extraordinária a prestação que a selecção de rugby teve no Mundial, encerrando a sua participação com a vitória sobre as ilha Fiji, a primeira de sempre num Mundial.

Os jogadores foram de uma entrega, de um espírito de sacrifício, de uma solidariedade dentro do campo... perante selecções credenciadas.

Entusiasmei-me com os jogos!
Estou extenuado e todo partido... só de os ver jogar!



A gratidão de Netanyahu

«Juristas e pensadores palestinianos têm analisado o regime de colonatos, a lei marcial, o estado de direito, a separação, o confisco de terras, as detenções sem julgamento. Entre 1948 e 1966, era um regime de emergência, e tornou-se um regime marcial desde a ocupação de 1967. Antes de me tornar professora, representei uma organização que preparou relatórios para o Comité das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Segregação Racial, cuja Convenção proíbe o apartheid no artigo 3.º. Em 2005, eu era uma jovem advogada e fiz um manual para ativistas sobre Israel enquanto regime de apartheid. O que é novo é que agora outros o admitem.

O que os políticos têm feito nestas décadas é separar a criação de Israel, em 1948, da ocupação da Faixa de Gaza, em 1967, como se a primeira estivesse certa mas a Ocupação não. Ao falarmos de apartheid dizemos que há um só regime, não há separação. Israel tem um regime contra todos os palestinianos e um outro regime para todos os seus nacionais judeus.

(...) Conseguimos mudar o que pensa a comunidade dos direitos humanos, conseguimos que reconheça o apartheid. Mas em vez de a comunidade internacional se mobilizar, está a permitir que Israel faça pior ainda. Têm o governo mais à extrema direita de sempre, o que é dizer muito em Israel, e nem os israelitas gostam.

A sociedade de Israel está zangada com o regime porque sente que a democracia está a ser roubada. Mas não contestam a ocupação, o apartheid. Por outro lado, ninguém exerce pressão sobre Israel, pode fazer tudo impunemente, não há sanções internacionais. Se alguém diz que é ilegal, é logo considerado anti-semita. Portanto, ninguém faz nada. (...) Portanto, a situação vai piorar. E a comunidade internacional vai continuar assim, com medo de agarrar esta questão como deve ser e os palestinos pagam o preço.»

Noura Erakat, jurista e ensaísta norte-americana, professora na Univ. George Mason (Virgínia), filha de palestinianos que emigraram para os EUA.

As frases são retiradas da entrevista que deu a Ana Sousa Dias para o JL (Jornal de Letras) de 6 de Setembro deste ano (há só um mês).

"A situação vai piorar."

O terrorismo não é (não devia ser) a resposta, nomeadamente porque "justifica" a violência de Israel.

O ataque do Hamas já está a suscitar a retaliação do governo israelita. Benjamin Netanyahu terá o apoio da maioria da população israelita e deixará de ser contestado. A comunidade internacional ocidental, que antes "o deixava andar em rédea solta", menos o vai incomodar - os palestinianos não são louros nem têm os olhos azuis e os israelitas têm direitos especiais (para além de continuarem a participar no Festival da Canção e nas competições desportivas europeias), sendo que as suas ocupações do território palestiniano são vistas como "benignas". Há ocupações e... ocupações!...

Reacende-se a guerra e "os palestinos pagam o preço", como se todos sejam terroristas.

Netanyahu deve estar grato ao Hamas. 



P.S.: A Ucrânia vai descendo na escala da importância.
Outras guerras se levantam...

sexta-feira, 6 de outubro de 2023