domingo, 31 de março de 2019

Eça não estava lá

Pensei que Eça poderia estar em Paris, onde era Cônsul Geral, quando da inauguração da Torre Eiffel.

Mas Eça estava em Lisboa: tinha vindo perto do final do mês de Março. Os seus companheiros dos Vencidos da Vida recebem-no a 26, para um jantar no Hotel Bragança. E por esses dias repetem-se os encontros e o jantares entre os amigos.

A subida à Torre Eiffel fá-la-á mais tarde, a 27 de Agosto, acompanhando o (ainda) príncipe D. Carlos. Este teria ido a Paris pela Exposição Universal. 

«Por aqui nada de novo. Esteve cá Luís Soveral, e fizemos um jantar de vencidos, com bacalhau, na Maiso d'Or. Depois houveram cantigas e danças. Agora está cá o Príncipe. Subimos com ele à Torre Eiffel - e, sicut licet exclamámos: "é explêndido!" A torre não dá para mais do que uma exclamação - mas essa é de dever, e não lha regateámos.»
Carta a Oliveira Martins



Muda a hora


O despertador desperta, 
acorda com sono e medo; 
por que a noite é tão curta 
e fica tarde tão cedo?
Millôr Fernandes



sábado, 30 de março de 2019

Loving Vincent


Vincent van Gogh nasceu a 30 de Março.


Meter os pés pelas mãos...



É o resultado das jigajogas, das vias tortuosos por que se metem, das leis engendradas para contornar os custos financeiros que uma correcta solução da contagem do tempo de carreira implicaria.
É verdade que implica verbas elevadas. Mas todos estes caminhos ínvios aumentam as situações de injustiça. E resta saber se as despesas, no final, não serão pouco inferiores.
E vamos de malabarismo em malabarismo, de erro em erro, de injustiça em injustiça. Qual delas a pior...

Mas do Ministério da Educação já esperamos tudo.
Não há trapalhada e justificação caricata que chegue!


Esse olhar que era só teu




O olhar da Ponta dos Corvos para Lisboa...


... que já era dos Trovante, de Terra Firme.


Metamorfoses da Humanidade, de Graça Morais



Metamorfoses da Humanidade de Graça Morais
Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

«Um conjunto de mais de oito dezenas de desenhos e pintura sobre papel compõe a exposição Metamorfoses da Humanidade, da pintora Graça Morais. Reflectindo sobre as múltiplas faces da natureza humana, com as suas fragilidades e as suas aterrorizadoras atitudes predatórias, estes desenhos recentes de Graça Morais (realizados em 2018) oferecem-nos, como num espelho quebrado, os múltiplos reflexos dos nossos muitos medos quotidianos: a guerra, a exclusão, a perda absoluta, a fome, a morte. Em cada um dos trabalhos apresentados, como se em pequenos pedaços de um mundo estilhaçado, reconhecemos emoções que nos são íntimas. A voragem, a capacidade de destruir, a vontade de recusar ao outro a sua humanidade e dignidade, ou o desejo de domínio — tudo isso lá está. Mas não apenas isso. À parte o sofrimento das vítimas, também aí representadas, na sua silenciosa e derradeira resistência, na sua resiliente exigência de dignidade, desponta nestes trabalhos o teimoso caminho para a esperança. A empatia pelas vítimas, a capacidade de dar voz a quem a não tem, sente-se e ouve-se nestes trabalhos que mostram, como com uma lupa, as grandes tensões do nosso tempo, condensadas em imagens perturbadoras e tocantes.»

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«A metamorfose é o que faz de nós "alguma coisa", mesmo quando o traço imemorial da fera parece difícil de ser arrancado ao colectivo.»
Agustina Bessa-Luís, As metamorfoses


Pelo caminho, pelo caminho, pelo caminho...

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.


DN, 29 de Março
Depois querem o quê?

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade


sexta-feira, 29 de março de 2019

Miguel Torga

«Já era hora de voltar. Andrée não se conformava que não víssemos o Torga. Passamos novamente pelo consultório e ele desceu. Gentilíssimo, talvez não seja adjectivo que convenha a ele, pois a sua cordialidade é feita mais de franqueza e à vontade do que de amabilidade, mas foi encantador. (...)
Na verdade, ele é meio primitivo, não é um homem de sociedade, mas tão inteligente, tão brilhante, tão diferente, que vale a pena vê-lo e ouvi-lo.»
Cleonice Berardinelli, Diário de Viagem (29/3/1959)
(JL, 12 de Outubro de 2016)

Miguel Torga e Andrée Crabbé Rocha


quinta-feira, 28 de março de 2019

Os românticos, pais do escritor moderno português

«É só com a transfusão romântica que o sangue da literatura portuguesa ganha vida outra vez. Desperta com viço desconhecido tanto nas veias afidalgadas de Garrett, como nas plebeias de Herculano. O liberalismo, conquistado nos barracões do desterro e na paixão das batalhas, unira todos os filhos progressivos da nação. E eis que renasce uma literatura rica das mais fundas virtualidades nacionais, máscula, imaginosa, ou grácil, com deliberadas raízes na tradição e altos anseios universais. O folclore é descoberto e estudado, as lendas são recolhidas, o passado é meditado ou dramatizado, e cada motivo leva uma volta original, inesperada e duradoira. Cultores dos vários géneros da expressão escrita, ambos possantes e fecundos, Garrett e Herculano dão ao teatro, ao romance, à poesia e à história uma dignidade e uma beleza há muito desconhecidas. Pela primeira vez surge em Portugal o escritor de ofício, o homem que põe nos seus livros não apenas a vocação, mas também o seu destino social. Em Herculano, sobretudo, onde essa união é mais convincente, joga-se com o brio do artista a própria integridade moral do homem. A arte, agora, é vista como um bem colectivo, património de todos, que é preciso defender e propagar. E tanto o Divino como o futuro Solitário de Vale de Lobos actuam como criadores e clercs. São eles os verdadeiros pais do escritor moderno português.»
Miguel Torga, Panorama da Literatura Portuguesa (1954)

Almeida Garrett e Alexandre Herculano
Pormenor de painel da autoria de Columbano Bordalo Pinheiro,
nos Passos Perdidos do Palácio de S. Bento (Assembleia da República)

Alexandre Herculano nasceu a 28 de Março de 1810.


Como a morte pode melhorar as pessoas

Leio em quase todos os meios de comunicação social on line os maiores elogios às qualidades humanas e profissionais de João Vasconcelos, ex-Secretário de Estado da Energia, hoje falecido.

Recordo-me que abandonou esse cargo na sequência das viagens e idas ao futebol pagas pela Galp (acho que foi isso...), quando nos mesmos meios de comunicação lhe "ladravam às canelas", pondo em causa a sua idoneidade.

Não o conheci.
Só sei que morrer aos 43 anos é muito cedo.


segunda-feira, 25 de março de 2019

Manuel Graça Dias, 1953 - 2019

«Se hoje pudesse ir "ao volante pela cidade", procuraria um outro roteiro onde coubessem a sua paixão pela fotografia e os desenhos de juventude em Alcanena. Mas uma noite destas, quando me sentar diante de uma pequena mesa sobre a qual incidirá um foco de luz, no Teatro Azul, em Almada, desculpai-me, se por instantes me ausentar da leitura para a qual estarei sendo convocado. O mais certo é que o pensamento me leve para um canto da sala onde o imaginarei discutindo cores fortes com Pedro Calapez, o pintor que gosta muito de arquitectos.»
Fernando Alves, Sinais - TSF, 25 de Março de 2019 



Um breve "se" para Manuel Graça Dias
Crónica integral de Fernando Alves


domingo, 24 de março de 2019

Moçambique - de abraço em abraço

João Gil, com a Cruz Vermelha Portuguesa, lançou o desafio a artistas lusófonos para participarem na "Operação Imbondeiro - O Maior Concerto do Mundo", via internet.
O objectivo é a angariação de fundos destinados a ajudar Moçambique.

No Verão de 1985, um conjunto de artistas juntou-se com o mesmo objectivo, por causa da fome e da seca que nessa altura afectava aquele país.
O disco com a canção Abraço a Moçambique foi gravado em 1985, juntando dezenas de músicos, sob a direcção de Pedro Osório.



Estávamos na época dos grandes espectáculos de beneficência. Poucos dias depois do Live Aid, o abraço a Moçambique culminou num concerto no Coliseu dos Recreios.

Em 2000, as cheias justificaram um novo abraço a Moçambique.
E desta música eu não me lembrava mesmo nada! Terá sido um abraço menos forte...


Agora, novas cheias e o impacto do ciclone Idai.

Venha o novo abraço!
Não resolve os problemas, mas sempre pode mitigar o sofrimento.
E activa a má língua de quem está sempre contra tudo e nunca confia nos outros...


sábado, 23 de março de 2019

Calouste Gulbenkian - 150 anos

Como lembra o DN, celebramos o homem que, 150 anos depois do seu nascimento, pelo seu testamento, "determinou que em Lisboa se criasse uma fundação com o seu nome e que tivesse como propósito fundamental melhorar a qualidade de vida das pessoas através da arte, da beneficência, da ciência e da educação".
Lisboa mudou e a cultura em Portugal também.

A Fundação Calouste Gulbenkian é, de facto e pela sua história, um caso muito particular e... feliz.
Foi um verdadeiro ministério da cultura, no país cinzento anterior ao 25 de Abril. E continuou a sê-lo durante um largo período.
Hoje, esse papel encontra-se esbatido. Bom sinal, pelo crescimento cultural do país (apesar da "pobreza franciscana" dos orçamentos da cultura), não tão bom pelos sinais de maior apagamento da Fundação (saudades do seu Ballet, por exemplo, das longas jornadas de música antiga...).

A Biblioteca, de doce memória dos meus tempos finais do liceu e da faculdade

Integrada nas comemorações do 150.º aniversário de Gulbenkian, uma exposição que pretende mostrar uma vida sem ser uma exposição - Calouste: uma vida, não uma exposição.


Manifestação de professores

Cerca de 80 mil docentes* aderiram ao protesto organizado pelas dez estruturas sindicais que, durante mais de um ano, tentaram negociar a recuperação do tempo integral de serviço: nove anos, quatro messe e dois dias.
Foram movidas mais umas peças neste "jogo de xadrez".


A bola está do lado da Assembleia da República.
Os pedidos de apreciação parlamentar, apresentados pelo PCP, BE e PSD ao diploma do Governo que estabelece a recuperação do tempo de serviço, serão debatidos no parlamento, no próximo dia 16 de Abril.
Li que aqueles partidos «dão razão aos professores e esperam “coerência” no parlamento».
Eu é que espero coerência da parte dos seus deputados!
Sobretudo, pelos colegas mais novos. Já nada lucrarei (nem nada perderei) com o que venha a ser aprovado.  


* P.S. - Talvez 50 mil, 40 mil, 60 mil... quem sabe?


A descoberta da fotografia de Artur Pastor


Em Évora, na Galeria da Casa de Burgos, até 18 de Abril, a exposição Paisagens Urbanas no Alentejo, com fotografias da autoria de Artur Pastor.



A partir da próxima semana, em Tavira, no Palácio da Galeria/Museu Municipal de Tavira, a exposição Artur Pastor e os Mundos do Sul. com trabalhos entre 1942 e 1974.  



Assim podem ser vistas algumas das obras do enorme acervo deixado por Artur Pastor (1922 - 1999) e que têm vindo a ser objecto de uma maior divulgação, dando a conhecer este grande fotógrafo.

Foi em Tavira, durante a prestação do serviço militar, que Artur Pastor, alentejano de nascimento (Alter do Chão), se iniciou na actividade fotográfica.


Trabalhou durante toda a vida no Ministério da Agricultura, tendo sido o criador do seu arquivo fotográfico. Produziu um vasto corpo de imagens de grande qualidade sobre a agricultura em Portugal, mas não se quedou pela temática agrícola.

Fotografia...
«(…) Arte de toda a gente, a que melhor compreendemos e executamos, a que melhor (…) reproduz a realidade que nos cerca.» 
Artur Pastor, Diário de Noticias (29 de Agosto de 1948)


Após a sua morte, o espólio foi adquirido pelo Arquivo Municipal de Lisboa à família do fotógrafo.

«Comprava incessantemente móveis para arquivar fotografias e algumas divisões da casa pareciam exigir a perícia de uma gincana para serem atravessadas. Dava gosto abrir os armários e ver a forma
meticulosa como tudo estava arrumado.» 
Artur Pastor
(o filho, que tem tido um papel importante na divulgação da obra do pai)

Aos interessados:

Arquivo de Artur Pastor (extraordinário arquivo fotográfico)

A Paisagem de Artur Pastor (documentário)

Catálogo da exposição da obra de Artur Pastor - CML 

Fotógrafo Artur Pastor (no facebook)


No Dia Mundial da Poesia

NO DIA MUNDIAL DA POESIA

Pouco a pouco
constrói-se a poesia

verso após verso
após palavra, após estrofe
após poema

Beleza em beleza
rumorejo em rumorejo

com a sua paixão
com a sua dimensão
mais ávida

Lisboa, 21 de Março de 2019
Maria Teresa Horta


quinta-feira, 21 de março de 2019

Qué cantan los poetas andaluces de ahora?



E um arrepiozinho quando ouço esta canção!
Memórias...


J. S. Bach e Poesia

Juntar poesia à música de J. S. Bach, nascido (ao que parece) a 21 de Março.

I
Como se modulando neste espaço-tempo
que se desenha espaço em mero som contínuo
de um tempo trespassado,
a fina imarcescível
dor
é timbre e andamento,
e proporção de altura
a desdobrar-se na serena angústia
de um nada preenchido.

Intensamente.
Quietação.
Vácuo.
Tudo.

II
Canta o impossível.
Que voz humana
sustentaria
esta pressa alegre
ou a tensão suspensa
do lento sonho?

III
Madeiras, cordas, gestos, sopros, tudo
avança imóvel, sem parar, quieto,
a passo irresistível.
Não há que os contenha
senão o inaudível.

IV
Neste silêncio, que ficou, flutua?
O quê?
Nós?
Como tão pouco restaria?

Jorge de Sena, Concerto "Brandenburguês" n.º 1, em Fá maior, de J. S. Bach



Gravação dos idos de 1964, ano próximo ao da escrita do poema (1963).


quarta-feira, 20 de março de 2019

terça-feira, 19 de março de 2019

Velha história de família


O dia em que nasci meu pai cantava
versos que inventam os pastores do monte
com palavras de lã fiada fina
cordeiro lírio neve tojo fonte

esta é uma velha história de família
para dizer como ele e eu chegámos
à raiz mais profunda do afecto
da qual nunca jamais nos separámos

nem Deus feito menino teve um pai
que o abraçasse e lhe cantasse assim
desde a primeira hora até ao fim

fui vê-lo ao hospital quando morria
olhos parados num sorriso leve
tojo cordeiro lírio fonte neve
Fernando Assis Pacheco


segunda-feira, 18 de março de 2019

Moçambique



Resposta à pergunta de José Eduardo Agualusa: Moçambique não tem petróleo.


domingo, 17 de março de 2019

Nat King Cole - centenário

Tropecei agora no centenário de Nat King Cole.

O centenário de uma voz que me habituei a ouvir na rádio, era ainda criança. 



Canções do tempo do telefone (8)

Elis, também ela, ao telefone... ocupado.
Faria hoje 74 anos.




Graça Morais


Graça Morais, 20 de Janeiro de 2017

Graça Morais faz hoje 71 anos.


As imagens que se seguem podem ferir a sensibilidade dos espectadores

O Facebook divulgou que removeu 1,5 milhão de vídeos que mostravam os ataques às mesquitas, na Nova Zelândia, após a transmissão em directo do atentado, e 1,2 milhão terão sido bloqueados ainda antes de serem publicados. 


O "sucesso" e a reprodução dos atentados terroristas passa pela sua divulgação através dos meios de comunicação social (sobretudo as televisões, pelo poder da imagem) das comunidades visadas ou daquelas que são mais sensíveis a esses actos de violência.

E as televisões, salvo excepções, insistem e repetem e repetem e exploram emocional e sadicamente os sentimentos das pessoas.
E fazem o favor de valorizar os atentados e quem os comete - dão-lhes toda a publicidade. Ajudam o terrorismo!

Mas, educadamente, avisam:
"As imagens que se seguem podem ferir a sensibilidade dos espectadores...", perdão, dos "espetadores".


sábado, 16 de março de 2019

Reina a ordem em todo o país

O 16 de Março, prenúncio do 25 de Abril, abordado na Conversa em Família de Marcelo.





Camilo Castelo Branco aniversariante

Minha Amélia

Depois da constipação veio o flagelo das dores. Estou no uso do ópio em alta quantidade e para me entorpecer os nervos. Depois deste medicamento fico muito prostrado sem forças para ir a Lisboa. Tenho grande pesar em não ir por todas as razões, menos a da Exposição, que essa decerto me não atraía lá.
Vão e lembrem-se, quando passarem no Largo do Carmo. Que eu nasci numa casa onde hoje está um encadernador de livros chamado Lisboa. É defronte das ruínas do Carmo. 
(...)
Carta de Camilo Castelo Branco para a sua filha Bernardina Amélia


Camilo, que nasceu a 16 de Março de 1825, induziu em erro os seus primeiros biógrafos com a informação quanto ao seu lugar de nascimento. A verdade apurada foi outra e a placa evocativa que chegou a estar no Largo do Carmo foi transferida para a Rua da Rosa.

Caricatura da autoria de António


Manuel Cargaleiro


Manuel Cargaleiro completa hoje 92 anos de vida.

O artista está presente no concelho do Seixal, na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, desenhada por Siza Vieira, nos jardins da Quinta da Fidalga (Seixal).

Fotografia de João Morgado, aqui


Fotografia de Luís Eme, aqui

A margem sul do Tejo tem agora uma pe�a de arquitectura assinada por um Pr�mio Pritzker. Trata-se da Oficina de Artes Manuel Cargaleiro que �lvaro Siza desenhou nos jardins da Quinta da Fidalga, no Seixal.

Com 500 m2 o maior desafio, confidenciou ao CONSTRUIR Siza Vieira, foi mesmo o de encontrar o lugar ideal dentro da Quinta para o edif�cio, uma vez que a ideia era a de que pudesse se
O edif�cio "enquadra-se bem" na sua envolvente, refere Siza, assumindo contudo que possam existir opini�es contr�rias. �lvaro Siza explicou que as salas expositivas se desenvolvem em torno de um p�tio e que o facto de o Museu n�o ter grande profundidade faz com que seja poss�vel ser iluminad








O projecto expositivo, tamb�m � da autoria do arquitecto, que n�o quis expor os azulejos nas paredes como pinturas, tendo por isso criando umas estruturas em madeira q
Antecipando a pergunta, "como � que se desenha um museu para o Mestre Manuel Cargaleiro e no edif�cio n�o aparecem azulejos?", �lvaro Siza explicou que "a condi��o mais necess�ria num museu contempor�neo � a ruptura �s m�ltiplas actividades que v
Amigos de longa data, Siza Vieira e Manuel Cargaleiro mostraram-se satisfeitos e orgulhosos desta "parceria" que ambiciona ser a sede de um centro de forma��o profissional, principalmente dedicado � cer�mica, ao projecto de azulejos para arquitectura e � marcenaria.
Manuel Cargaleiro classificou o edif�cio de "monumental", ainda que pequeno em metros quadrados e deixou o desejo de que "as pessoas que o visitarem saibam compreender a sua beleza".
Segundo explicou o presidente da C�mara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, ao CONSTRUIR, a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro � o ponto de partida e a montra principal de um projecto pensado para toda a Quinta que inclui a cria��o de ateliers e espa�os oficinais.�De acordo com Joaquim Santos, este � tamb�m o momento de colocar o Seixal na rota do Turismo Cultural e de Arquitectura.
A Oficina de Artes Manuel Cargaleiro abre com a exposi��o "A Ess�ncia da Forma", que re�ne trabalhos de Manuel Cargaleiro e trabalhos em azulejo de Siza Vieira, revelando um lado menos conhecido do arquitecto e que ter�o neste espa�o um lugar de destaque.
Oficina de Artes Manuel Cargaleiro que �lvaro Siza desenhou nos jardins da Quinta da Fidalga, no Seixal.
Oficina de Artes Manuel Cargaleiro que �lvaro Siza desenhou nos jardins da Quinta da Fidalga, no Seixal.Oficina de Artes Manuel Cargaleiro que �lvaro Siza desenhou nos jardins da Quinta da Fidalga, no Seixal.Oficina de Artes Manuel Cargaleiro que �lvaro Siza desenhou nos jardins da Quinta da Fidalga, no Seixal.
Oficina de Artes Manuel Cargaleiro que �lvaro Siza desenhou nos jardins da Quinta da Fidalga, no Seixal.



Canções do tempo do telefone (7)

É melhor ficar assim combinado.
Está a demorar conseguirem montar o telefone!...



sexta-feira, 15 de março de 2019

Que "consistência" ecológica?

Hoje...

Pronto, fez-se uma greve!
E agora?




sexta-feira, 8 de março de 2019

Rosie, the Riveter


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Naomi Parker


There's something
true about--red,
white, and blue
about--Rosie, 
brrrr, the riveter.


Canções do tempo do telefone (4)

Fica sempre bem um telefone sobre o piano...




quinta-feira, 7 de março de 2019

quarta-feira, 6 de março de 2019

Gilmour

O meu amigo David Gilmour, também ele aniversariante, hoje.


Saudades de Rick...


Toda a vida

«No dia em que Florentino Ariza viu Fermina Daza no adro da catedral, grávida de seis meses e com perfeito autodomínio da sua nova condição de senhora da sociedade, tomou a decisão feroz de ganhar nome e fortuna para a merecer. Nem sequer se deteve a pensar na inconveniência dela ser casada, porque simultaneamente decidiu, como se dependesse dele, que o doutor Juvenal Urbino tinha de morrer. Não sabia nem quando nem como, mas tomou-o como um acontecimento inevitável, e estava resolvido a esperá-lo sem pressas nem arrebatamentos nem que fosse até ao fim dos tempos.»
Gabriel Garcia Márquez, O amor nos tempos de cólera



Parece, mas não é, o princípio do romance. 
No fim, a decisão de Florentino Ariza concretizou-se. "Toda a vida - disse." foi a sua última frase, referindo-se ao futuro.

Gabriel Garcia Márquez faria hoje 92 anos.


Entrudo chocalheiro - Podence 2019



Foto retirada daqui




As máscaras de Lazarim, na imagem
Uma soberba interpretação de Janita, no último disco de José Afonso


Canções do tempo do telefone (2)

Quando podia haver troca de linhas...


Esta canção revela a nostalgia pelas linhas, pelos fios...


terça-feira, 5 de março de 2019

Bibliotecas


«(...) as bibliotecas são os principais repositórios de nossa própria história e dão uma espécie de modesta imortalidade àquilo de que o passado deseja se apropriar. As bibliotecas transformam o antigo em contemporâneo. O lugar onde vivemos, as pessoas que vemos todos os dias, possuem histórias documentadas, intencional e involuntariamente, em toneladas de papel e tinta, em retratos e fotografias, em vozes gravadas, em papiro e rolos de cera e formatos electrónicos. De uma biblioteca, pode-se dizer que não tem passado: tudo é presente ou, se preferirmos, tudo, inclusive este momento e este lugar em que nos encontramos, pertence a um passado no qual continuamos a existir.»

Alberto Manguel


Manguel


Canções do tempo do telefone (1)

Quando ainda não se partiam os telemóveis...




Por Pascoaes...


«Nascer é pôr a máscara. A criatura não desce ao mundo, sem vestir primeiro o seu hábito.»
Teixeira de Pascoaes












Retrato por António Carneiro