E pró ano, já amanhã, estarão de volta!...
sábado, 31 de dezembro de 2016
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Retábulo da Natividade
Raro por apresentar apenas uma cena - a adoração dos pastores ao Menino Jesus -, o retábulo, de origem flamenga, do século XVI, tem a marca de uma das melhores oficinas de Antuérpia.
«Trata-se do melhor exemplar deste género existente em Portugal, já de uma fase adiantada estilisticamente, onde são visíveis os ecos do Renascimento nascente. Há gosto pelo pormenor, pelo pitoresco, e as figuras humanas estão cabalmente individualizadas. A policromia, bem conservada, é igualmente de categoria, abundando o ouro que tudo cobre.»
Retábulo da Natividade - Museu Machado de Castro (Coimbra) |
«Trata-se do melhor exemplar deste género existente em Portugal, já de uma fase adiantada estilisticamente, onde são visíveis os ecos do Renascimento nascente. Há gosto pelo pormenor, pelo pitoresco, e as figuras humanas estão cabalmente individualizadas. A policromia, bem conservada, é igualmente de categoria, abundando o ouro que tudo cobre.»
Pedro Dias
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
O Cristianismo e a História
«As formas como vivemos o Natal não são indiferentes à História, até porque o cristianismo é uma religião vertiginosamente histórica. Há outras tradições religiosas para quem a História é mais ou menos indiferente, porque apostam tudo na superação ou numa espécie de intervalo em relação à História. O cristianismo pega na História de frente. E, por isso, tudo o que é o fluxo histórico tem uma tradução na vivência do cristianismo. O próprio Natal, em si mesmo, é este cruzamento do eterno com a História e é sempre através daquilo que a História pode ser em cada momento que nós conseguimos olhar para o mistério da fé.»
José Tolentino Mendonça (em entrevista ao Público, hoje)
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Entrada do Inverno no rio
Junto ao rio, sobre o rio...
Nascer do Sol
Nascer do Sol
P.S. - E faltava o rio de Camané, que completa hoje 50 anos.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Centenário do nascimento de Manoel de Barros
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
Manoel de Barros
Nomeio o mundo
Com medo de o perder nomeio o mundo,
Seus quantos e qualidades, seus objectos,
E assim durmo sonoro no profundo
Poço de astros anónimos e quietos.
Nomeei as coisas e fiquei contente:
Prendi a frase ao texto do universo.
Quem escuta ao meu peito ainda lá sente,
Em cada pausa e pulsação, um verso.
Vitorino Nemésio
Vitorino Nemésio nasceu a 19 de Dezembro de 1901.
Sobre Vitorino Nemésio afirmou Manuel Nemésio, seu filho: «O meu pai era um amante da vida. Era uma espécie de Internet antes de tempo, com tudo o que tinha lá dentro, embora nunca deixasse de usar o seu lápis e a sua agenda.»
sábado, 17 de dezembro de 2016
O que os rankings não mostram
Texto de João Costa, Secretário de Estado da Educação, no jornal Sol, a propósito dos rankings das escolas que a comunicação social adora (como adora qualquer classificação, porque uma lista ordenada simplifica o que é complexo e a comunicação social parece que tem tendência a só compreender o que é básico!).
E como parece que (finalmente?) temos um Secretário de Estado que percebe de educação...
Não tenho dúvidas de que é interessante para a comunidade saber qual o alinhamento da sua escola com um perfil nacional ou regional de desempenho. Tenho a certeza de que o interesse de uma lista ordenada de escolas é nulo. Mal comparado, é interessante para uns pais conhecerem o percentil de desenvolvimento do seu filho, mas é irrelevante saber qual a sua posição relativa em relação aos bebés todos do país.
Conhecer a qualidade de uma escola implica um olhar muito mais abrangente, pelo que são precisos mais indicadores e é necessário um olhar sistémico. Para isso, o Ministério da Educação tem vindo a disponibilizar mais indicadores, de que destaco: os Percursos Diretos de Sucesso, que medem o quanto a escola contribuiu para a progressão dos alunos; o indicador de desigualdades, que mede a dispersão de notas numa mesma escola; os indicadores por disciplina, que permitem uma análise comparada entre as disciplinas da mesma escola, estabilizando assim variáveis sociodemográficas, que a comparação entre escolas não permite controlar.
Mas há muito mais no trabalho das escolas que não tem sido valorizado e que os rankings não mostram. Trabalho que é essencial para o cumprimento da missão da educação:
1. Inclusão: há escolas que se destacam pelo trabalho absolutamente notável que fazem com alunos com deficiência, valorizando-os e incluindo-os.
2. Mobilidade social: a pobreza ainda é o principal preditor de insucesso, mas há escolas que se destacam por garantir que a correlação entre nível socioeconómico das famílias e resultados escolares não é tão forte.
3. Educação humanista: se os melhores resultados não estiverem associados ao desenvolvimento de um perfil que leva os alunos a colocar os seus conhecimentos ao serviço da construção de uma melhor sociedade, a escola não está a formar bem. Há escolas que desenvolvem um trabalho admirável na promoção de projetos de cidadania, serviço social, trabalho cooperativo. Um 17 a biologia de quem não considera os outros vale menos do que um 15 de um aluno respeitador e solidário.
4. Formação artística e desporto: há escolas que deixam florescer talentos artísticos, que promovem um trabalho notável na promoção da saúde e do desporto. Estas são áreas fundamentais na estruturação dos indivíduos e para as quais não temos ainda indicadores.
A reflexão em curso sobre a avaliação externa das escolas no Ministério da Educação pondera como alargar o leque de dimensões a valorizar. Uma educação integral envolve atingir metas em muitas dimensões. Nem todas se expressam numa nota. Mas sobre todas é preciso obter dados e valorizar o que de melhor se faz. Por isso, precisamos de vários olhares sobre a escola, para que, aos poucos, seja possível tornar visível o que leituras apressadas ocultaram.
Sol, hoje - aqui
domingo, 11 de dezembro de 2016
Elton John ao vivo
O hábito vício que se tornou captar/divulgar o momento, filmar, gravar espectáculos... já me levou várias vezes, esta noite, para o concerto de Elton John (por causa do hábito vício que se tornou estar nas redes).
O som é fraquinho, as imagens péssimas, mas, com meia dúzia de amigos a captarem o momento, já me apercebi que as canções são as que eu ouvia (e, às vezes, ainda ouço) há mais de 40 anos atrás.
Mas faz muito bem em cantar essas, porque são as que valem a pena!...
O som é fraquinho, as imagens péssimas, mas, com meia dúzia de amigos a captarem o momento, já me apercebi que as canções são as que eu ouvia (e, às vezes, ainda ouço) há mais de 40 anos atrás.
Mas faz muito bem em cantar essas, porque são as que valem a pena!...
Todos se PISAm
E todos se empurram para ficar à frente no retrato...
«Na edição do PISA 2015, os alunos portugueses melhoram os resultados em todas as áreas (Matemática, Leitura e Ciências), confirmando a consistência da evolução positiva dos resultados em Portugal que se verifica desde 2000 (a primeira edição do teste internacional PISA). Considerando apenas os 35 países/economias que integram a OCDE, dos 72 participantes no estudo, Portugal alcança agora as seguintes posições: 17.º a Ciências com 501 pontos, 18.º em Leitura com 498 pontos e 22.º a Matemática com 492 pontos, ficando acima da média da OCDE em todos os domínios.»
Quase que me atrevo a dizer, "contrariando algumas loucuras dos últimos ministros da Educação, os resultados (que, como as sondagens, valem o que valem) melhoraram."
É melhor subir do que descer.
O problema é se continuarmos a querer imitar os finlandeses. É que eles estão a descer...
«Na edição do PISA 2015, os alunos portugueses melhoram os resultados em todas as áreas (Matemática, Leitura e Ciências), confirmando a consistência da evolução positiva dos resultados em Portugal que se verifica desde 2000 (a primeira edição do teste internacional PISA). Considerando apenas os 35 países/economias que integram a OCDE, dos 72 participantes no estudo, Portugal alcança agora as seguintes posições: 17.º a Ciências com 501 pontos, 18.º em Leitura com 498 pontos e 22.º a Matemática com 492 pontos, ficando acima da média da OCDE em todos os domínios.»
Informação do Conselho Nacional de Educação
Quase que me atrevo a dizer, "contrariando algumas loucuras dos últimos ministros da Educação, os resultados (que, como as sondagens, valem o que valem) melhoraram."
É melhor subir do que descer.
O problema é se continuarmos a querer imitar os finlandeses. É que eles estão a descer...
Livraria Culsete (afinal) não fechou
#Xmas …16 dias
DECEMBER 10, 2016 ~ ONE SMALL DETAIL
DECEMBER 10, 2016 ~ ONE SMALL DETAIL
Esta sugestão é, especialmente, para todos os setubalenses: este Natal vão à Culsete comprar os livros que querem oferecer!
A “nossa” mítica livraria, que esteve em vias de facto para fechar portas, abriu com nova gerência. Continua tal e qual estava, porque não havia tempo para obras antes do Natal, mas em janeiro vai renovar o seu aspeto.
A “nossa” mítica livraria, que esteve em vias de facto para fechar portas, abriu com nova gerência. Continua tal e qual estava, porque não havia tempo para obras antes do Natal, mas em janeiro vai renovar o seu aspeto.
Retirado daqui
Ao contrário do que escrevi dois posts abaixo, a livraia Culsete (Setúbal) não fechou.
Ainda bem!
Felicidades para quem assumiu agora a sua gerência.