sábado, 30 de abril de 2011
Casamento (ir)real
Em homenagem ao casamento da década, do século ou lá que é (ou lá que foi)!
E com dedicatória à nossa comunicação social, tão embevecida por histórias de príncipes e princesas.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Ratos abandonam navio
Público on-line (hoje):
Presidente da Carris diz que sector dos transportes "está à beira do abismo"
José Silva Rodrigues, que falava em nome individual no evento final do movimento "Mais Sociedade", que decorre hoje e sábado em Lisboa, reconheceu que existe "má gestão" em alguns casos, sobretudo da parte do Estado.
(...) "O setor está à beira do abismo mas isso não surpreende, não pode surpreender ninguém. Há muitos anos que caminhamos para a beira do abismo. É uma verdadeira bola de neve que está a rolar a uma velocidade vertiginosa, sabíamos todos que ia esbarrar contra uma parede um dia, mas não esperávamos que a parede fosse a situação que vivemos agora", disse.
Então, é um abismo ou uma parede? Ou, afinal, havia uma parede antes do abismo? E a parede era para ser outra? Será que os transportes estão com problemas na direcção?
Estão desorientados como os seus gestores?
Até agora mamaram e calaram. Por estes dias, deram conta da má gestão que fizeram, mas a culpa é de outros, que não deles.
Os ratos abandonam o navio!
Presidente da Carris diz que sector dos transportes "está à beira do abismo"
José Silva Rodrigues, que falava em nome individual no evento final do movimento "Mais Sociedade", que decorre hoje e sábado em Lisboa, reconheceu que existe "má gestão" em alguns casos, sobretudo da parte do Estado.
(...) "O setor está à beira do abismo mas isso não surpreende, não pode surpreender ninguém. Há muitos anos que caminhamos para a beira do abismo. É uma verdadeira bola de neve que está a rolar a uma velocidade vertiginosa, sabíamos todos que ia esbarrar contra uma parede um dia, mas não esperávamos que a parede fosse a situação que vivemos agora", disse.
Então, é um abismo ou uma parede? Ou, afinal, havia uma parede antes do abismo? E a parede era para ser outra? Será que os transportes estão com problemas na direcção?
Estão desorientados como os seus gestores?
Até agora mamaram e calaram. Por estes dias, deram conta da má gestão que fizeram, mas a culpa é de outros, que não deles.
Os ratos abandonam o navio!
Tirar o mau cheiro
Público on-line (hoje):
Última Hora - Sócrates inaugura hoje estação de esgotos que promete tirar o mau cheiro de Lisboa
Obra a sério era acabar com muitas outras coisas que neste país cheiram mal, muito mal!
"E nem sempre a rosa [socialista] cheirou muito bem" - Ana Gomes dixit.
Última Hora - Sócrates inaugura hoje estação de esgotos que promete tirar o mau cheiro de Lisboa
Obra a sério era acabar com muitas outras coisas que neste país cheiram mal, muito mal!
"E nem sempre a rosa [socialista] cheirou muito bem" - Ana Gomes dixit.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
After the Utopia
Duarte Cavalinhos vai lançar hoje, em Londres, a exposição After the Utopia.
Trata-se de um projecto que envolve 14 artistas vendo/lendo/retratando o 25 de Abril.
Bem perguntava Vitorino Magalhães Godinho "porque não voltamos à utopia?"
P.S. - Esperam-se novidades da nossa enviada a Londres.
Ver aqui e aqui
Trata-se de um projecto que envolve 14 artistas vendo/lendo/retratando o 25 de Abril.
Bem perguntava Vitorino Magalhães Godinho "porque não voltamos à utopia?"
P.S. - Esperam-se novidades da nossa enviada a Londres.
Ver aqui e aqui
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Porque não voltamos à utopia?
«O mundo actual defronta-se com problemas muito graves de que as pessoas não têm consciência precisamente porque são incultas e porque não estudaram História. Os regimes políticos que, no pós-II Guerra Mundial, se tinham construído sobre uma base democrática retrocederam de modo que o processo de democratização não se completou. Quando se fala em Estado de Direito não se diz absolutamente nada. Lamento muito mas o nazismo era um Estado de Direito. Votar sem opções verdadeiras, sem discussão nacional, sem consciência, não é Democracia. Aliás, basta ver que foi aprovado um Tratado para a Europa sem ouvir os cidadãos e ratifi cando um incrível Acordo Ortográfico contra os pareceres competentes e o sentir das populações. Como tal, não estamos em Democracia em nenhum país. Nem sequer é um ideal porque todos os objectivos estão voltados para o mercado, que é o único valor. Precipitámo-nos para actividades económicas que nos encaminharam para becos sem saída. Todo o processo económico está estrangulado de tal maneira que o mundo é dirigido por grandes redes em relação aos quais os governos não têm qualquer poder, como se vê agora (...). Dizem-nos que não pode haver emprego que não seja precário? Quem diz isto não ganha 400 ou 500 euros nem tem empregos precários. As políticas ditas neoliberais fracassaram, desembocando numa crise mundo de incalculáveis dimensões, mas certamente estrutural. A orientação do equilíbrio das contas públicas não integradas num planeamento económico que vise o bem público não evita essa derrapagem. Lembre-se que Salazar saneou as finanças, chegando a obter superavite - e o que tivemos depois? 40 anos de atraso do país. Além do fracasso das democracias e do triunfo de uma economia da desigualdade, defrontamo-nos com outro problema crucial: o fanatismo religioso e o ataque à laicidade. Volta-se à obsessão da tradição como combate à modernidade, violando-se direitos humanos essenciais. Esse enquistamento de doutrinas e práticas que consideraríamos obsoletas ateiam vagas de extrema violência, tornando insuportável a vida quotidiana. Porque não voltamos à utopia?»
Vitorino Magalhães Godinho
Entrevista ao JL, 17 de Junho de 2008
Vitorino Magalhães Godinho poderia ter escrito hoje
Se não estivesse datado, poderíamos pensar que tinha sido escrito agora.
«O 25 de Abril parecia ter tornado possível inventar um futuro para esta pátria que sobrevivia em apagada e vil tristeza, decompondo-se. Um desafio sem precedentes se pôs aos Portugueses, reconduzidos ao rectângulo peninsular e aos arquipélagos adjacentes - ao espaço da primeira metade de Quatrocentos, após cinco séculos em pedaços pelo mundo repartidos; (...)
E no entanto assim não foi. É que essas opções implicavam transformar estruturalmente, do âmago, as nossas terras e gentes, na liberdade e na cidadania, com o esforço colectivo conjugado de todos a enfrentar os nossos autênticos problemas depois de aprofundadamente estudados, segundo linhas inovadoras mas que não calcassem o legado de séculos de labuta e de acumulação de um património. (...) E a aventura - reflectida, metódica, tecnicamente preparada, como a largada das caravelas de Quatrocentos - tinha de cartografar previamente, com precisão, o que somos, o que temos sido, o que queremos ser; e construir solidamente o barco, tecer velame capaz de resistir aos temporais, erguer mastros que não quebrassem sob as rajadas de vento, colocar leme forte para aguentar o rumo da bolina, preparar os pilotos e homens de manobra. Tão pouco disso se fez, afinal!»
«O 25 de Abril parecia ter tornado possível inventar um futuro para esta pátria que sobrevivia em apagada e vil tristeza, decompondo-se. Um desafio sem precedentes se pôs aos Portugueses, reconduzidos ao rectângulo peninsular e aos arquipélagos adjacentes - ao espaço da primeira metade de Quatrocentos, após cinco séculos em pedaços pelo mundo repartidos; (...)
E no entanto assim não foi. É que essas opções implicavam transformar estruturalmente, do âmago, as nossas terras e gentes, na liberdade e na cidadania, com o esforço colectivo conjugado de todos a enfrentar os nossos autênticos problemas depois de aprofundadamente estudados, segundo linhas inovadoras mas que não calcassem o legado de séculos de labuta e de acumulação de um património. (...) E a aventura - reflectida, metódica, tecnicamente preparada, como a largada das caravelas de Quatrocentos - tinha de cartografar previamente, com precisão, o que somos, o que temos sido, o que queremos ser; e construir solidamente o barco, tecer velame capaz de resistir aos temporais, erguer mastros que não quebrassem sob as rajadas de vento, colocar leme forte para aguentar o rumo da bolina, preparar os pilotos e homens de manobra. Tão pouco disso se fez, afinal!»
Prefácio à 2.ª edição de Ensaios II
(Dezembro de 1976)
(Dezembro de 1976)
Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011)
Morreu Vitorino Magalhães Godinho.
Nome grande da historiografia portuguesa, pensador, cidadão interventivo, duas vezes afastado do ensino pelo salazarismo, duas vezes exilado em França.
Foi o criador do conceito de "complexo histórico-geográfico" para estudar realidades díspares com estruturas sociais e económicas específicas. A sua expansão descobre as várias expansões que coexistiram: a das conquistas, a da colonização, a das campanhas comerciais.
Para VMG, fazer história e intervir civicamente caminhavam a par e passo.
«Voltarmo-nos para o passado destina-se, em primeiro lugar, a enriquecer a nossa experiência, enriquecê-la em contacto com as múltiplas e variadíssimas experiências de todos os homens de todos os tempo e de todos os lugares. É, por outro lado, a fim de responder às inquietações e perplexidades que nos assaltam e que põem em causa o cerne de nós próprios, condicionando as opções do nosso porvir. (...) Para nós a História é a maneira de bem pôr os problemas de hoje graças a uma indagação científica do passado virada para a preparação dos tempos vindouros. (...)
Tarefa urgentíssima, e das de maior alcance nacional, é abrir o nosso país a todos esses intensos movimentos da cultura actual que percorrem o mundo, e organizar a investigação dos problemas portugueses em moldes de fanqueza e objectividade, de modo a que todos nós, na consciência e dignidade da cidadania, estejamos aptos a trabalhar no inadiável desenvolvimento económico que permita assentar uma sociedade onde não grite a injustiça e que a todos dê iguais oportunidades e de todos exija iguais responsabilidades, estruturada em torno da autonomia da pessoa. (...) viver a pleno entusiasmo de uma permanente creação ao serviço de todos os homens.»
Nome grande da historiografia portuguesa, pensador, cidadão interventivo, duas vezes afastado do ensino pelo salazarismo, duas vezes exilado em França.
Foi o criador do conceito de "complexo histórico-geográfico" para estudar realidades díspares com estruturas sociais e económicas específicas. A sua expansão descobre as várias expansões que coexistiram: a das conquistas, a da colonização, a das campanhas comerciais.
Para VMG, fazer história e intervir civicamente caminhavam a par e passo.
«Voltarmo-nos para o passado destina-se, em primeiro lugar, a enriquecer a nossa experiência, enriquecê-la em contacto com as múltiplas e variadíssimas experiências de todos os homens de todos os tempo e de todos os lugares. É, por outro lado, a fim de responder às inquietações e perplexidades que nos assaltam e que põem em causa o cerne de nós próprios, condicionando as opções do nosso porvir. (...) Para nós a História é a maneira de bem pôr os problemas de hoje graças a uma indagação científica do passado virada para a preparação dos tempos vindouros. (...)
Tarefa urgentíssima, e das de maior alcance nacional, é abrir o nosso país a todos esses intensos movimentos da cultura actual que percorrem o mundo, e organizar a investigação dos problemas portugueses em moldes de fanqueza e objectividade, de modo a que todos nós, na consciência e dignidade da cidadania, estejamos aptos a trabalhar no inadiável desenvolvimento económico que permita assentar uma sociedade onde não grite a injustiça e que a todos dê iguais oportunidades e de todos exija iguais responsabilidades, estruturada em torno da autonomia da pessoa. (...) viver a pleno entusiasmo de uma permanente creação ao serviço de todos os homens.»
Prefácio à 1.ª edição de Ensaios, vol. II
(Setembro de 1968)
Rigoroso e exigente, manifestava a sua desilusão sobre o caminho sobre o caminho seguido por Portugal e, mais tarde, também pela Europa e pelo Mundo.
Ministro da Educação entre Julho e Novembro de 1974, saiu desiludido por considerar que "não se podia fazer nada de sério". Mesmo em relação à fac. Ciências Sociais e Humanas da Un. Nova de Lisboa, que ajudou a fundar, saiu com o sabor amargo de quem não conseguiu fazer vencer o seu projecto.
Em relação ao ensino, pensava, nos últimos anos, que a História era desvalorizada.
«Totalmente. Os programas de História do Ensino Secundário são perfeitas aberrações. Não há sentido do que é a História e de como ela deve pôr problemas não só sobre o passado mas também sobre o homem de hoje. Prefere-se falar em conceitos, o que está totalmente errado. Quando se fala de maus resultados dos alunos, eu digo que não compreendo é como alguém aprende alguma coisa com estes programas. Se o fazem são autênticos heróis. Por outro lado, os jovens são despropositadamente infantilizados. Evita-se tudo o que seja esforço, quando as crianças e jovens gostam de desafios e de superar dificuldades.»
Entrevista ao JL, 17 de Junho de 2008
Dos políticos, pensava que «são sobretudo ignorantes. Eles próprios não receberam formação cultural e resistem a ela como a qualquer coisa que não se domina.»
«Hoje só interessa o imediato e, como tal, as pessoas ignoram tudo o que se tenha passado há mais de 5 anos. Grande parte dos economistas de hoje não sabem como era a Economia das décadas de 1970 e 1980. Mas para haver responsabilidade tem de haver um equilíbrio entre o que vem de trás, o que recebemos e aquilo que podemos fazer. Não é a novidade pela novidade.»
Entrevista ao JL, 17 de Junho de 2008
segunda-feira, 25 de abril de 2011
25 de Abril
SALGUEIRO MAIA
Aquele que na hora da vitória
Respeitou o vencido
Aquele que deu tudo e não pediu a paga
Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com sua ignorância ou vício
Aquele que foi "Fiel à palavra dada à ideia tida"
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
Sophia de Mello Breyner Andresen
Na falta de um [novo] 25 de Abril, voltemos - em espírito e na memória - ao ponto de partida, ao dia inicial inteiro e limpo, de que Salgueiro Maia é o símbolo.
[Na televisão passa o documentário sobre José Afonso]
sábado, 23 de abril de 2011
Transporte para o Paraíso
«Até os ateus mais convictos confessam com frequência que a beleza estética os transporta para uma dimensão enigmática e eterna.»
Pedro Mexia
«O Spem in Alium só o percebe quem já alguma vez foi arrastado por uma grande vaga no mar, na praia. Uma onda esquecida que nos arrastou... Eh, diabo!
Uma pessoa ouve isto... Que coisa tremenda! Que coisa tremenda! Que vaga profunda! Que vaga de fundo! Que movimento arrasador!...
Isto também é uma expressão de Deus, do mistério de Deus! Mas não é todo o mistério de Deus. Deus é mais rico, não cabe na cabeça da gente. E a expressão que a gente usa é pobre, é sempre pobre. Pode ser tremendamente simbólica, mas não é total.»
Arlindo magalhães, Prof. de Teologia da Universidade Católica do Porto
A minha noção de Paraíso
Quando vejo as fotos da nossa viagem aos Açores e me recordo do que vivemos, parece que viajo a um mundo que ignora as leis do tempo e da gravidade.
Havia cores diferentes e havia arco-íris.
«Foi o momento mais feliz da minha vida, embora então eu não tivesse consciência disso. Se o tivesse sabido, se tivesse apreciado essa dádiva, teriam as coisas terminado de outra forma? Sim, se eu tivesse reconhecido esse instante de felicidade perfeita, tê-lo-ia conservado sem nunca o deixar escapar.»
Havia cores diferentes e havia arco-íris.
Faial, Maio de 1997. Ao longe, o Pico |
Orhan Pamuk, O Museu da Inocência
Dia da Susana P.
Começo por aqui...
Eu ando a ver se não me esqueço de nenhum(a) de vocês.
É um bom exercício.
Hoje é dia da Susana P.
E lembrei-me destas fotos e, por isso, da situação que lhes deu origem.
E a Susana fez-lhe festas!
O António captando o momento. Ilha do Faial, Maio de 1997
Eu ando a ver se não me esqueço de nenhum(a) de vocês.
É um bom exercício.
Hoje é dia da Susana P.
E lembrei-me destas fotos e, por isso, da situação que lhes deu origem.
E a Susana fez-lhe festas!
O António captando o momento. Ilha do Faial, Maio de 1997
sexta-feira, 22 de abril de 2011
O chinês do Sporting já está a render
Paulo Futre, o grande ideólogo do chinês, que o diga.
A lista pela qual se candidatou pode não ter ganho, a sua conferência "Oh, sócio! Por favor..." pode provocar o riso até às lágrimas, mas... a ideia do 20.º jogador - o melhor jogador chinês da actualidade - já está a render. A prova está na campanha publicitária do Licor Beirão.
Futre já está a ganhar!
Em tempo de pré-campanha eleitoral, Paulo Futre está ao melhor nível.
A lista pela qual se candidatou pode não ter ganho, a sua conferência "Oh, sócio! Por favor..." pode provocar o riso até às lágrimas, mas... a ideia do 20.º jogador - o melhor jogador chinês da actualidade - já está a render. A prova está na campanha publicitária do Licor Beirão.
Futre já está a ganhar!
Em tempo de pré-campanha eleitoral, Paulo Futre está ao melhor nível.
O 1 pode ser o Dr. Fernando Nobre, o Prof. Cavaco Silva, o Eng. José Sócrates ou... o melhor jogador chinês da actualidade. Em comum, todos nos falam chinês ou nos contam contos de embalar, o que vai dar ao mesmo.
Lapas açorianas
Souberam mesmo bem, no regresso ao Espaço Açores.
Tinham chegado na véspera à noite.
Sintam o cheirinho...
E havia erva patinha, filetes de peixe porco, açorda de batata doce...
E há sempre uma enorme variedade da cozinha tradicional açoriana, com dias certos para as Sopas do Espírito Santo, o Cozido das Furnas e o Caldo de Peixe.
E há umas saudades dos Açores...
Tinham chegado na véspera à noite.
Sintam o cheirinho...
E havia erva patinha, filetes de peixe porco, açorda de batata doce...
E há sempre uma enorme variedade da cozinha tradicional açoriana, com dias certos para as Sopas do Espírito Santo, o Cozido das Furnas e o Caldo de Peixe.
E há umas saudades dos Açores...
A Paixão segundo Santos Hipócritas
É perfeitamente hipócrita a preocupação manifestada por tantas santas pessoas em relação à tolerância de ponto concedida à Função Pública, para a tarde de ontem.
Quem a gozou, na sua grande maioria, são pessoas que estão a roer os ossos de uma carne que não comeram.
Mais carne comeram muitos dos que criticam a tolerância de ponto concedida
Quem a gozou, na sua grande maioria, são pessoas que estão a roer os ossos de uma carne que não comeram.
Mais carne comeram muitos dos que criticam a tolerância de ponto concedida
quinta-feira, 21 de abril de 2011
António Barreto na RTP1
Gostei de ouvir António Barreto, hoje, na entrevista à RTP1.
Sabe bem, faz-nos bem ao fígado (à alma), ouvir alguém com o seu peso falar das "peripécias canalhas" dos dirigentes políticos/partidários portugueses, tão do agrado de grande parte da comunicação social, e do comportamento de "manada robótica" dos deputados que nos representam.
Não vai contribuir muito para alterar a pobreza política em que vivemos, mas que sabe bem ouvir... sabe!
Tão bom ouvir alguém dizer aquilo que nós pensamos e que não podemos gritar tão alto para o mundo!...
Sabe bem, faz-nos bem ao fígado (à alma), ouvir alguém com o seu peso falar das "peripécias canalhas" dos dirigentes políticos/partidários portugueses, tão do agrado de grande parte da comunicação social, e do comportamento de "manada robótica" dos deputados que nos representam.
Não vai contribuir muito para alterar a pobreza política em que vivemos, mas que sabe bem ouvir... sabe!
Tão bom ouvir alguém dizer aquilo que nós pensamos e que não podemos gritar tão alto para o mundo!...
Cavaco é o primeiro PR com popularidade negativa
Pela primeira vez, desde que a Marktest faz sondagens (Janeiro de 2000), um Presidente da República tem um saldo negativo de popularidade.
Entre Março e Abril, o número de inquiridos que tem de Cavaco uma imagem positiva passou de 47 pontos para 35 e cresceu o número de pessoas que tem do Presidente uma imagem negativa: de 34 pontos para 47.
Deve fazer parte da sua estratégia para o 2.º mandato. Porque ele está certo, mantendo o perfil de quem raramente tem dúvidas e nunca se engana (ou será ao contrário?)
Podemos estar descansados: o Presidente afirmou que está «a acompanhar a situação portuguesa», o que é sempre bom saber.
E disse ainda: «Eu sei muito bem quando é que devo falar (...)»
Entre Março e Abril, o número de inquiridos que tem de Cavaco uma imagem positiva passou de 47 pontos para 35 e cresceu o número de pessoas que tem do Presidente uma imagem negativa: de 34 pontos para 47.
Deve fazer parte da sua estratégia para o 2.º mandato. Porque ele está certo, mantendo o perfil de quem raramente tem dúvidas e nunca se engana (ou será ao contrário?)
Podemos estar descansados: o Presidente afirmou que está «a acompanhar a situação portuguesa», o que é sempre bom saber.
E disse ainda: «Eu sei muito bem quando é que devo falar (...)»
terça-feira, 19 de abril de 2011
Eles estão no Troika Troika
Reúnem-se as troikas:
FMI, BCE, CE / PS, PSD, CDS-PP
Troika na gente!
FMI, BCE, CE / PS, PSD, CDS-PP
Troika na gente!
Você tem-me cavalgado,
seu safado!
Você tem-me cavalgado,
mas nem por isso me pôs
a pensar como você.
Que uma coisa pensa o cavalo;
outra quem está a montá-lo.
Alexandre O'Neill
domingo, 17 de abril de 2011
Prova de vida
As mensagens do PR pelo facebook têm a vantagem de permitir saber que o senhor que ocupa o Palácio de Belém está vivo.
Ao contrário de outros idosos que morrem em casa sem que ninguém saiba.
Ao contrário de outros idosos que morrem em casa sem que ninguém saiba.
Dias da Música
Não é a mesma Festa, mas é a festa possível e mais valem uns dias destes do que dias nenhuns.
À espera da orquestra
Especulações
«A especulação financeira passa-se entre capitais e lucros, ignora as economias que a suportam, como quem serra ramos de árvores neles sentado (...)»
«(...) a economia é só a ciência dos mercados (...) ela é apenas a ciência dum sector da sociedade.»
«(...) a economia é só a ciência dos mercados (...) ela é apenas a ciência dum sector da sociedade.»
Fernando Belo, Público, 15 de Abril de 2011
A economia enquanto ciência exacta
Hoje
É frequente a vossa lembrança.
Uns dias mais que os outros.
Hoje foi dia de Tânia
(da Susana A. não assinalei o dia - desculpa-me)
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Presidenciar pelo facebook
Numa altura em que, na espuma dos dias, se acumulam as notícias negras sobre a situação do país (verdadeiras ou amplificadas), sabemos do Presidente da República através... do facebook!
O voluntário que ocupa o cargo vai experimentando, com um deslumbramento pacóvio, as redes sociais. É Presidente dos Portugueses Amigos no Facebook.
O voluntário que ocupa o cargo vai experimentando, com um deslumbramento pacóvio, as redes sociais. É Presidente dos Portugueses Amigos no Facebook.
Chulismo!
Dos jornais de hoje:
Por causa da deterioração da economia
Moody’s baixa classificação da Irlanda em dois níveis
A agência de notação Moody’s baixou hoje em dois níveis a classificação da Irlanda para a nota mais baixa entre os pagadores de confiança e explicou a decisão com a deterioração das perspectivas económicas do país.
É natural. Quando nos apertam o pescoço... temos mais dificuldade em respirar!
Que percentagem dos juros é que os "caramelos" que estão à frente destas agências não ganharão com os prejuízos que trazem aos países/às pessoas?
Por causa da deterioração da economia
Moody’s baixa classificação da Irlanda em dois níveis
A agência de notação Moody’s baixou hoje em dois níveis a classificação da Irlanda para a nota mais baixa entre os pagadores de confiança e explicou a decisão com a deterioração das perspectivas económicas do país.
É natural. Quando nos apertam o pescoço... temos mais dificuldade em respirar!
Que percentagem dos juros é que os "caramelos" que estão à frente destas agências não ganharão com os prejuízos que trazem aos países/às pessoas?
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Homenagem ao café ou aos cafés
Ignorava que houvesse um Dia Mundial do Café, mas hoje há dias de tudo e o do café é merecido.
Na impossibilidade de oferecer um cafezinho a quem aqui vem, elogiem-se os espaços de sociabilidade que são os cafés, locais de troca de informações, de crítica, de tertúlia.
Almeida Garrett, frequentador do Marrare*, fez o narrador de Viagens na Minha Terra apear-se da "chouteira mula à porta do grande café do Cartaxo" e afirmar que «O café é uma das feições mais características de uma terra. O viajante experimentado e fino chega a qualquer parte, entra no café, observa-o, examina-o, estuda-o, e tem conhecido o país em que está, o seu governo, as suas leis, os seus costumes e a sua religião. Levem-me de olhos tapados onde quiserem, não me desvendem senão no café; e protesto-lhes que em menos de dez minutos lhes digo a terra em que estou se for país sublunar.»
Aquilino Ribeiro falava nos cafés como "a Universidade e antecâmara permanente da revolução" e José Gomes Ferreira, que escreveu os Poemas do Martinho, para recitar aos amigos da boémia e dos cafés, recorda, em A Memória das Palavras, «Os benditos cafés onde em moço gastei longas tardes ardentes a ruminar livros, a fazer versos, a escrevinhar no meu Diário, a redigir planos de romances, a aborrecer-me... (...) O que eu aprendi nessa Universidade verdadeira!»
* António Marrare, napolitano que terá chegado a Lisboa em finais do século XVIII, fundou quatro botequins: o de S. Carlos (junto ao teatro - 1801), o Marrare das Sete Portas, ao Arco da Bandeira (1804), o da esquina da Travessa dos Remolares (Cais do Sodré - 1809) e o de Polimento (no Chiado - 1819), o mais dândi e famoso dos cafés da Lisboa de então, que seria o frequentado por Almeida Garrett, que o refere por mais que uma vez nas Viagens. Chamavam-lhe de polimento porque era forrado com silhares de madeira polida (também há quem fale na gente polida que o frequentava). Ficava na Rua das Portas de Santa Catarina, hoje, curiosamente... Rua Garrett.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Estudo alternativas
Dos jornais de hoje:
Transtejo aguarda aval do Estado para conseguir empréstimo de 60 milhões. Este dinheiro servirá para a reestruturação da dívida de curto prazo, que é relativa a diversas linhas de crédito. Esta empresa pública tem uma dívida repartida por dois empréstimos: um primeiro de 62 milhões de euros, a curto prazo, e um outro de 55 milhões a médio e longo prazo.
A Refer assegurou ontem a liquidação de uma dívida de 300 milhões de euros.
O Metro de Lisboa admite que poderá necessitar de recorrer a dinheiro público, através de "um apoio extraordinário da tesouraria do Estado".
O futuro parece ser andar a pé!
Eu estudo alternativas para saber como é que poderei chegar à Paulo da Gama!
Transtejo aguarda aval do Estado para conseguir empréstimo de 60 milhões. Este dinheiro servirá para a reestruturação da dívida de curto prazo, que é relativa a diversas linhas de crédito. Esta empresa pública tem uma dívida repartida por dois empréstimos: um primeiro de 62 milhões de euros, a curto prazo, e um outro de 55 milhões a médio e longo prazo.
A Refer assegurou ontem a liquidação de uma dívida de 300 milhões de euros.
O Metro de Lisboa admite que poderá necessitar de recorrer a dinheiro público, através de "um apoio extraordinário da tesouraria do Estado".
O futuro parece ser andar a pé!
Eu estudo alternativas para saber como é que poderei chegar à Paulo da Gama!
5 000 assinaturas pela Regulamentação das Agencias de Notação!
Recordo que com mais esta nova crise resultante da necessidade da ajuda externa, passámos a ter mais razões para exigir a regulamentação das Agencias de Notação porque,
a) Elas foram as responsaveis pelo descalabro iniciado com a votação contra na AR do PEC IV impondo aumentos insustentaveis dos juros e um acrescimo de insegurança nas empresas e na banca portuguesa sem qualquer razão
b) Elas não vão parar por aqui, pelo que urge sermos rápidos e termos as 5 000 assinaturas com urgencia!
Assinem e divulguem a Petição pela Regulamentação das Agencias de Notação!
Em , http://www.facebook.com/l/dd726WRhSXNtkoRhwMKgn0FCMmg/www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501
http://www.facebook.com/l/dd726WRhSXNtkoRhwMKgn0FCMmg/www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501
a) Elas foram as responsaveis pelo descalabro iniciado com a votação contra na AR do PEC IV impondo aumentos insustentaveis dos juros e um acrescimo de insegurança nas empresas e na banca portuguesa sem qualquer razão
b) Elas não vão parar por aqui, pelo que urge sermos rápidos e termos as 5 000 assinaturas com urgencia!
Assinem e divulguem a Petição pela Regulamentação das Agencias de Notação!
Em , http://www.facebook.com/l/dd726WRhSXNtkoRhwMKgn0FCMmg/www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501
http://www.facebook.com/l/dd726WRhSXNtkoRhwMKgn0FCMmg/www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6501
terça-feira, 12 de abril de 2011
A Banca
É por estas e por outras que me vou sentindo Bordalo Pinheiro (tendência Rafael):
Peça de Catarina Pestana, de homenagem a Rafael Bordalo Pinheiro
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Fernando Nobre, o jogador chinês do PSD
Exactamente como Futre via o futuro do Sporting com o melhor jogador chinês da actualidade, Passos Coelho perspectiva o sucesso do PSD com Fernando Nobre como cabeça de lista por Lisboa e futuro Presidente da Assembleia da República.
O dinamismo que ele irá trazer... É o equivalente à cantera do Sporting!
Esclarecia Futre: "Porquê? Temos de ir buscar sponsors."
Passos Coelho pensa que irá buscar votos.
Onde estará o grande activo do Parlamento? No seu Presidente! Na sua larga experiência parlamentar.
Sócio! Por favor... estou concentradíssimo!...
Fernando Nobre será o equivalente do 20º jogador do plantel do Sporting, mas com a vantagem de ser a 2.ª figura do Estado.
Não virão charters da China, o PSD não terá comissões dos hóteis, dos restaurantes, dos museus, etc. etc. etc. etc., o que é uma pena, sobretudo na actual situação, mas não se pode ter tudo e, qualquer dia, meio Portugal andará atrás de uma galinha que leva no bico um pedaço de pão.
E será que o PSD vai abrir um departamento só para Fernando Nobre?
Como dizia Futre a propósito do chinês: "Aí está o futuro, também. Não é?"
Agora a sério: É evidente que o SIM de Fernando Nobre a este convite se deve à sua concordância relativamente ao programa do PSD (por enquanto secreto, menos para ele).
Quase apetece dizer: "Dêem-lhe um tiro na cabeça, que ele ainda vai para S. Bento!"
Era este homem uma figura credível e estimável.
O dinamismo que ele irá trazer... É o equivalente à cantera do Sporting!
Esclarecia Futre: "Porquê? Temos de ir buscar sponsors."
Passos Coelho pensa que irá buscar votos.
Onde estará o grande activo do Parlamento? No seu Presidente! Na sua larga experiência parlamentar.
Sócio! Por favor... estou concentradíssimo!...
Fernando Nobre será o equivalente do 20º jogador do plantel do Sporting, mas com a vantagem de ser a 2.ª figura do Estado.
Não virão charters da China, o PSD não terá comissões dos hóteis, dos restaurantes, dos museus, etc. etc. etc. etc., o que é uma pena, sobretudo na actual situação, mas não se pode ter tudo e, qualquer dia, meio Portugal andará atrás de uma galinha que leva no bico um pedaço de pão.
E será que o PSD vai abrir um departamento só para Fernando Nobre?
Como dizia Futre a propósito do chinês: "Aí está o futuro, também. Não é?"
Agora a sério: É evidente que o SIM de Fernando Nobre a este convite se deve à sua concordância relativamente ao programa do PSD (por enquanto secreto, menos para ele).
Quase apetece dizer: "Dêem-lhe um tiro na cabeça, que ele ainda vai para S. Bento!"
Era este homem uma figura credível e estimável.
domingo, 10 de abril de 2011
Fim de semana com sol
Praia da Parede
Cascais - Farol de St.ª Marta e Casa de St.ª Maria
(vistos de uma janela do palácio dos Condes de Castro Guimarães)
Bordalos Pinheiros
Este fim de semana visitei o Museu Rafael Bordalo Pinheiro.
Entre as pinturas de um e a cerâmica e as caricaturas do outro, "entrando" no que seriam as suas vivências e vivendo num contexto de crise com semelhanças ao da última década do século XIX... tenho-me sentido muito Bordalo Pinheiro (tendência Rafael).
Eu hoje sou islandês
sábado, 9 de abril de 2011
Sinto inveja
Referendo está a decorrer
Islandeses ameaçam dizer "não" aos credores pela segunda vez
Qual David contra Golias, a ilha de 320 mil habitantes revolta-se contra os governos que a querem fazer pagar pela irresponsabilidade dos bancos. Talvez tenha razão.
«O fundamental é que a Islândia é uma democracia, não um sistema financeiro. Os governos não podem continuar a ser arrastados pelos mercados»
Islandeses ameaçam dizer "não" aos credores pela segunda vez
Qual David contra Golias, a ilha de 320 mil habitantes revolta-se contra os governos que a querem fazer pagar pela irresponsabilidade dos bancos. Talvez tenha razão.
Título e subtítulo de Público de hoje
A human future |
«O fundamental é que a Islândia é uma democracia, não um sistema financeiro. Os governos não podem continuar a ser arrastados pelos mercados»
Ólafujr Ragnar Grímsson, Presidente da República
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Portugal vai apoiar o BCE, o FMI e os Mercados
Finalmente, e depois de ser muito pressionado, tanto que até apresentou a demissão, o Primeiro-Ministro decidiu-se: Portugal vai apoiar o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e os Mercados Financeiros.
Vamos pagar-lhes juros a uma taxa bem generosa (como só nós - e poucos mais - somos capazes), apoiando aquelas instituições, sobretudos os pobres dos Mercados.
Sejamos solidários com aqueles que mais precisam de nós.
O que seria deles sem nós?
Tenhamos fé, que vamos conseguir!
Vamos pagar-lhes juros a uma taxa bem generosa (como só nós - e poucos mais - somos capazes), apoiando aquelas instituições, sobretudos os pobres dos Mercados.
Sejamos solidários com aqueles que mais precisam de nós.
O que seria deles sem nós?
Tenhamos fé, que vamos conseguir!
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Mercados acalmaram: havia o Benfica - Porto!
Não há nada como um joguinho entre o Benfica e o F.C.Porto para as atenções se centrarem no futebol, o único assunto que é capaz de deixar os jornalistas distraírem-se dos juros da dívida e dos mercados financeiros.
O rating do Benfica é que anda por baixo.
Faz pensar que se o Benfica fosse na frente e estivesse para ser campeão, não teria havido o frustrado PEC 4, os juros não estavam tão altos e José Sócrates ainda seria o 1.º Ministro de um governo com plenos poderes.
O rating do Benfica é que anda por baixo.
Faz pensar que se o Benfica fosse na frente e estivesse para ser campeão, não teria havido o frustrado PEC 4, os juros não estavam tão altos e José Sócrates ainda seria o 1.º Ministro de um governo com plenos poderes.